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FDA PODE APROVAR NOVA DROGA CONTRACEPTIVA QUE PREVINE GRAVIDEZ ATÉ CINCO DIAS DEPOIS DE RELAÇÃO SEXUAL SEM PROTEÇÃO
A FDA (agência que regula a fabricação e a comercialização de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos) pode aprovar ou não na próxima semana uma pílula anticoncepcional já usada na Europa e que tem um efeito mais prolongado do que a chamada "pílula do dia seguinte". A droga, de fabricação francesa, com uma composição muito similar a um remédio abortivo comercializado na França, evita a gravidez até cinco dias depois do ato sexual sem uso de método contraceptivo. Por isso, o novo medicamento gera uma polêmica enorme: não teria efeito abortivo? Este foi o argumento da FDA para vetar a comercialização da pílula nos Estados Unidos da última vez em que a droga, chamada Ella, tentou ser aprovada. O debate se estende acerca de questões sobre quando a vida começa e a diferença entre prevenir e interromper uma gravidez.
A "pílula do dia seguinte", que cobre 72 horas de sexo sem proteção, foi eventualmente aprovada para venda nos EUA, sem prescrição médica, mas desde que haja uma indicação do ginecologista para meninas com menos de 17 anos. A nova droga francesa amplia de 72 horas para 120 horas o tempo de cobertura para não engravidar. Aprovada na Europa no ano passado, Ella é vendida em pelo menos 22 países como um método contraceptivo de emergência.
A "pílula do dia seguinte" evita a gravidez liberando altas doses de um hormônio similar à progesterona, que inibe a produção dos óvulos.
Os críticos ao método argumentam que o remédio pode também impedir que um óvulo fertilizado se implante no útero, o que para alguns caracterizaria um aborto.
E está criada a polêmica. Já a droga abortiva vendida na França bloqueia a progesterona. Como o hormônio é necessário para preparar o útero para receber um óvulo fertilizado e nutrir um embrião que precisa desenvolver, o remédio é considerado abortivo. A droga Ella é criticada por sua similaridade química com este abortivo.
A Ella promete ser duas vezes mais eficaz que a "pílula do dia seguinte" e que seus efeitos permaneceriam por pelo menos 120 horas
Os médicos americanos temem também que a nova droga seja propositalmente usada por mulheres já grávidas, que já passaram das 120 horas de sexo sem proteção, com o intuito abortivo, botando em risco a saúde delas e dos fetos, que podem nascer com problemas de má-formação.
Os defensores da Ella dizem que ela foi testada apenas para ser usada nesses cinco dias após a relação sexual e que só há provas de que funcionaria como método contraceptivo.
A Ella promete ser duas vezes mais eficaz que a "pílula do dia seguinte" e que seus efeitos permaneceriam por pelo menos 120 horas. A "pílula do dia seguinte", no entanto, começa a perder seu efeito logo depois de ser ingerida e se tornaria completamente inócua depois de 72 horas.
Estudos para comprovar a segurança e a eficácia da Ella foram feitos com mais de 4.500 mulheres nos Estados Unidos e na Europa. Os efeitos colaterais mais frequentes foram dores de cabeça, náusea e fadiga.
Fonte: O Globo (on line) 11/06/2010
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