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Pesquisa do HC mostra que falta de ereção tira mais o sono de quem sofre de diabetes do que a própria doença.
Homens portadores de diabetes estão se mostrando muito mais preocupados com as dificuldades da disfunção erétil (diminuição ou perda da ereção) geradas pela doença do que com o própria doença.
A constatação é do Laboratório de Disfunção Erétil do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo levantamento, cerca de 40% dos pacientes diabéticos procuram atendimento quando já apresentam uma disfunção grave, indicação de que a doença está descontrolada.
O diabetes é a principal causa da impotência masculina. Entre os diabéticos, de 35% a 75% dos homens apresentam dificuldades em manter a ereção. “O diabético pode desenvolver alterações nas pequenas artérias, nervos e tecidos do pênis, o que compromete a ereção”, explica o chefe do departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, Otto Chaves.
Segundo o urologista Enrico Martins de Andrade, do HC, a maioria dos pacientes tem se mostrado focado apenas nos cuidados com a disfunção erétil. Isso porque com o surgimento de drogas que possibilitam a manutenção da função erétil, é frequente o número de diabéticos que acabam se descuidando dos níveis de glicemia e, quando se dão conta, o remédio não consegue mais competir com a disfunção causada pela doença.
Como explica Otto Chaves, a incidência da disfunção erétil depende da idade, da severidade do diabetes e da conduta do paciente no tratamento — uso de insulina, dieta balanceada, controle de ansiedade e estresse e prática de exercícios.
DEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA
Enrico de Andrade alerta que os remédios para disfunção erétil (Viagra, Levitra, Ciales) podem criar dependência psicológica e só devem ser usados quando realmente há um quadro que necessite da droga. Ela também não deve ser utilizada por pacientes que fazem uso de remédios vaso dilatadores.
“Pode ocorrer de o remédio não funcionar para determinadas pessoas, por isso o urologista deve indicar a dosagem correta ou mudar o medicamento”, diz Otto Chaves.
MÉDICOS POUCO PROCURADOS
Pesquisa divulgada no fim de 2009 mostra que mais da metade dos diabéticos (55%) realiza apenas uma consulta médica a cada seis meses. O indicado, conforme o caso, é até mais de uma consulta por mês. O estudo é dos cirurgiões Luiz Vicente Berti e Ricardo Cohen, feito pela Toledo & Associados.
No Brasil há 21 milhões de diabéticos. A doença é autoimune — o próprio corpo ataca as células produtoras de insulina. Além dos fatores hereditários, ela pode surgir devido ao sedentarismo, obesidade, má alimentação, estresse e ansiedade.
Os sintomas incluem muita sede, vontade de urinar diversas vezes por dia, perda de peso, fome exagerada, visão embaçada, infecções repetidas na pele, dificuldade de cicatrização, fadiga e dores nas pernas devido à má circulação. O diabetes pode causar amputação de membros, perda de visão e até a morte.
O tratamento envolve medicação, perda de peso, dieta saudável e parar de fumar.
Fonte: Diário de S. Paulo, em 16/04/2010 por ALINE MUSTAFA
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