A vacina é uma forma de se proteger e evitar doenças graves como câncer do colo do útero ou pênis. Estas doenças estão ao HPV (vírus do papiloma humano). O HPV também está relacionado com cânceres de boca, garganta e ânus. Mas é possível evitar estas doenças com medidas de proteção como o uso de preservativo em todas as relações sexuais e também com a vacinação.
A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos e, para meninas de 9 a 14 anos. Mas este é um assunto que ainda levanta muitas dúvidas. Para esclarecê-las, listamos abaixo algumas questões levantadas e respondidas pelo Blog da Saúde, do Ministério da Saúde. Confira!
1. Como a vacina contra HPV funciona?
Estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo.
2. A vacina contra HPV é oferecida no SUS?
Sim. A vacina HPV quadrivalente está disponível no SUS desde 2014. Atualmente, ela é ofertada a meninas de nove a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) e para meninos de 11 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias), com esquema vacinal de duas doses, com intervalor de seis meses.
3. Qual é o objetivo estabelecido pelo Ministério da Saúde com a vacinação contra HPV?
O objetivo da vacinação contra HPV no Brasil é prevenir os cânceres de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus, boca e orofaringe refletindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade.
4. Por que o Ministério da Saúde estabeleceu a faixa-etária de 9 a 14 anos para a vacinação?
Nas mulheres entre 9 a 14 anos de idade não expostas aos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, a vacina é altamente eficaz, induzindo a produção de anticorpos em quantidade dez vezes maior do que a encontrada em infecção naturalmente adquirida num prazo de dois anos.
A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa etária, de preferência antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da exposição ao vírus. Estudos também verificaram que nesta faixa etária a vacina HPV quadrivalente induz melhor resposta quando comparada em adultos jovens, e que as jovens vacinadas sem contato prévio com HPV têm maiores chances de proteção contra lesões que podem provocar o câncer uterino.
A importância da inclusão dos meninos na vacinação contra o HPV é reforçada por estudos que mostram que a inserção de meninos na vacinação contra o HPV incrementa a vacinação das meninas, reduz os desfechos relacionados ao HPV e, além disso previne os canceres de pênis, ânus, boca e orofaringe e contra as verrugas genitais. Por serem os responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras, ao receber a vacina estão colaborando com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres.
5. Qual é a meta do Ministério da Saúde com a vacina contra HPV?
A meta é vacinar, ao menos, 80% do público-alvo.
6. Quantas doses da vacina contra HPV são necessárias para a imunização?
Cada adolescente deverá tomar duas doses para completar a proteção, sendo que a segunda, deverá ser administrada seis meses depois da primeira.
7. A vacina contra HPV é administrada por via oral ou é injeção?
É por via intramuscular - injeção de apenas 0,5 mL em cada dose.
8. A vacina contra HPV substituirá o exame de Papanicolaou?
Não. É importante lembrar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui a detecção precoce do câncer do colo do útero em mulheres na faixa etária entre 25 e 64 anos de idade. Assim, a vacinação neste público-alvo, só terá recomendação para o rastreamento quando atingirem a faixa etária preconizada para o exame Papanicolau ou que já tiverem vida sexual ativa.
É imprescindível manter a realização do exame preventivo (exame de Papanicolau), pois as vacinas protegem apenas contra dois tipos oncogênicos de HPV, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. Ou seja, 30% dos casos de câncer causados pelos outros tipos oncogênicos de HPV vão continuar ocorrendo se não for realizada a prevenção secundária, ou seja, pelo rastreamento (exame Papanicolau).
É fundamental o rastreamento de cânceres em ânus, boca, orofaringe, entre outros, que podem ser detectados em mulheres e homens de maneira precoce.
9. Mesmo após receber a vacina contra HPV será necessário utilizar preservativo durante a relação sexual?
Sim, pois é imprescindível manter a prevenção contra outras doenças transmitidas por via sexual, como HIV, sífilis, hepatite B, etc.
10. A vacina contra HPV pode ser administrada junto com outra vacina?
A vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação do PNI, sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. Quando a vacinação simultânea for necessária, devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas.
Fonte: Ministério da Saúde