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Para cientistas, medicamento não deve trazer revolução.
A agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos – o FDA – aprovou ontem a pílula contra obesidade da empresa farmacêutica Arena.
É o primeiro medicamento aprovado pela agência para ajudar na perda de peso nos últimos 13 anos.
A decisão acompanha um esforço do governo americano para diminuir a crescente epidemia de obesidade no País.
A lorcaserina, nome dado à droga que será comercializada como Belviq nos Estados Unidos, está aprovada para uso em adultos com um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais – nível que já costuma ser qualificado como obesidade moderada – ou para adultos com IMC maior que 27 – considerado sobrepeso –, com ao menos uma comorbidade, como hipertensão, diabete do tipo 2 ou colesterol alto. O IMC é uma medida do nível de obesidade com base em uma relação matemática da altura e do peso da pessoa. Outros dois medicamentos, das empresas Vivus Inc y Orexigen Therapeutics Incainda esperam na fila de análise do FDA.
As ações da Arena aumentaram 45% depois do anúncio. Também as concorrentes se beneficiaram. As ações da Vivu aumentaram 9%. As da Orexigen, cerca de 24%. Exigências. Como parte do processo de aprovação, a Arena deve realizar seis estudos clínicos, inclusive um de longa duração para avaliar o potencial risco cardíaco ou de acidente vascular cerebral associado ao Belviq. A droga ainda não chegou ao Brasil e não está sob análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Não será uma revolução”, pondera Rosana Radominski, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).“Já existem outros medicamentos no mercado com um funcionamento semelhante. Mas é importante, porque será mais uma alternativa para os médicos.” Um painel de assessoria do FDA em maio recomendou a aprovação da lorcaserina, argumentando que os benefícios superam os riscos. Com dois terços da população com sobrepeso e a metade com obesidade, a agência estava sob pressão para aprovar um novo tratamento. “A obesidade ameaça o bemestar geral dos pacientes e é um importante problema de saúde pública”, afirmou Janet Woodcock, diretora dos Centros para a Avaliação e Investigação de Fármacos do FDA.
Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO – SP
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