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O governo alterou o protocolo de tratamento contra AVC (Acidente Vascular Cerebral), que é hoje a principal causa de morte no país.
A decisão, publicada ontem (portaria número 665/2012), prevê a criação de centros de atendimento de urgência para três casos: aplicação de medicação após o derrame, internação e reabilitação dos pacientes.
De acordo com o Ministério da Saúde, os hospitais públicos ainda precisam ser habilitados para prestar esse tipo de atendimento.
Isso significa que as instituições de saúde levarão um tempo para abrir leitos e treinar seus profissionais para tratar casos de derrame a partir do novo protocolo.
Com a decisão, o governo coloca o alteplase na lista de medicamentos oferecidos de graça pelo SUS. A droga é a única aprovada no Brasil para AVC isquêmico, tipo que responde por 85% dos casos de derrame. Os demais são do tipo hemorrágico.
Aplicado por via endovenosa, no hospital, o alteplase desfaz o coágulo que causa o derrame, desentope a circulação e normaliza o fluxo sanguíneo no cérebro. Isso reduz em 31% o risco de sequelas e em até 18% a possibilidade de morte dos pacientes.
O alteplase estava fora da lista dos remédios gratuitos do SUS por causa do seu alto custo: a dose única sai por cerca de R$ 3.500.
A decisão do governo veio após uma ação civil pública conduzida pelo Ministério Público Federal em agosto do ano passado para que o medicamento fosse incluído na lista dos gratuitos do SUS.
De acordo com o governo, serão investidos R$ 437 milhões até 2014 para a assistência a vítimas de AVC.
No Brasil, foram registrados 99.159 mortes por causa de derrame em 2010.
Fonte: SABINE RIGHETTI
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