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Clínicas de estética prometem entrar na Justiça contra a decisão. A Sociedade Brasileira de Dermatologia apóia a proibição.
Segundo a Anvisa, esse tipo de bronzeamento aumenta os riscos do câncer de pele. Clínicas de estética prometem entrar na Justiça contra a decisão. A Sociedade Brasileira de Dermatologia apóia a proibição.
As sessões de bronzeamento eram semanais.
“Sempre fiz, muita gente faz”, comenta uma cliente.
Há cinco anos o fisiculturista Samuel Vieria pegava um bronze artificial. Ficou decepcionado com a proibição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária: “É algo muito importante para mim, para a minha imagem porque eu dependo disso para o trabalho”.
A resolução da agência se baseia em estudos de um instituto internacional, o Iarc, ligado à Organização Mundial de Saúde. De acordo com o instituto, pessoas expostas a radiação de raios ultravioleta das câmaras têm 75% mais chances de desenvolver um melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o risco de ter a doença é muito maior do que o benefício do bronzeamento.
“Classificaram a radiação causada ou emitida pela câmara de bronzeamento no mesmo grupo de outras radiações tão cancerígenas como os raios-x, os raios gama e a própria radiação solar”, explica o diretor regional da Sociedade Brasileira de Dermatologia Sérgio Schalka.
Clínicas de estética esperavam que tivessem mais tempo para convencer a Anvisa a manter as máquinas. A decisão da agência foi publicada no Diário Oficial na quarta-feira e clínicas tiveram que fechar as portas. A Associação Brasileira de Bronzeamento promete entrar na Justiça.
“Não tem nenhum país do mundo que tivesse uma normatização tão rígida quanto a que já existia no Brasil. Exigia que todo bronzeamento tivesse acompanhamento médico, pré-avaliação, o tipo de maquina. A legislação era extremamente abrangente”, diz o diretor da Associação Brasileira de Bronzeamento Miguel Vietri.
“Existem relatos claros da influência do ultravioleta que é emitido dessas câmaras em alguns cânceres de pele, em especial o melanoma. Então, achamos que o risco do melanoma é maior que o benefício do bronzeado causado pela câmara”, aponta o diretor regional da Sociedade Brasileira de Dermatologia Sérgio Schalka.
Há três anos, a empresária Vera Kallas recebeu o diagnóstico. A pintinha nas costas que ela mal enxergava era um câncer: “Foi um choque. Até fazer o exame de sangue e ver o resultado que não havia entrado na corrente sanguínea são horas de terror”.
A empresária, que chegou a fazer oito sessões de bronzeamento há alguns anos, passou a se cuidar. Agora só sai de casa com protetor solar, evita o sol e as câmaras: “O sol excessivo que eu tomei durante minha vida inteira, depois fazendo bronzeamento, tudo isso vai acumulando, que é o efeito acumulativo do sol no seu corpo e na sua pele”.
A clínica que desrespeitar a medida pode pagar multa entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão. A Anvisa informou que não vai rever a decisão, mas afirmou que o bronzeamento artificial pode ser usado no tratamento de doenças, como vitiligo e psoríase, mas com recomendação médica.
Fonte: www.g1.com.br
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