Ursacol®
ácido ursodesoxicólico
Uso adulto
Forma farmacêutica e apresentações
Comprimidos 50 mg: Embalagem com 20 unidades.
Comprimidos 150 mg: Embalagem com 20 unidades.
Comprimidos 300 mg: Embalagem com 20 unidades.
Composição
Cada comprimido de 50 mg contém: ácido ursodesoxicólico 50 mg;
Excipientes (lactose, amido de milho, goma-arábica, talco, estearato de magnésio) q.s.p. 1 comprimido.
Cada comprimido de 150 mg contém: ácido ursodesoxicólico 150 mg;
Excipientes (lactose, amido de milho, goma-arábica, talco, estearato de magnésio) q.s.p. 1 comprimido.
Cada comprimido de 300 mg contém: ácido ursodesoxicólico 300 mg;
Excipientes (lactose, amido de milho, goma-arábica, talco, estearato de magnésio) q.s.p. 1 comprimido.
Informações ao paciente
URSACOL é usado na dissolução dos cálculos biliares de colesterol e no tratamento das dispepsias de origem biliar.
Deve ser tomado, de preferência, após as refeições.
O medicamento deve ser guardado, antes e após a abertura da embalagem, ao abrigo da luz, do calor e da umidade.
A validade do produto é de 3 anos em todas as apresentações. Observar a data de fabricação e o prazo de validade impressos no cartucho e no strip.
Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Informe ao seu médico o aparecimento de reações desagradáveis decorrentes do tratamento.
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Informe ao seu médico se estiver amamentando.
Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Informações técnicas
URSACOL contém, como princípio ativo, o ácido ursodesoxicólico, ácido biliar fisiologicamente presente na bile humana, embora em quantidade limitada.
A ação de URSACOL relaciona-se com a capacidade não só de corrigir qualitativa e quantitativamente as alterações da bile, influindo positivamente sobre os sintomas de tipo dispéptico e doloroso, mas também de dessaturar a bile litogênica, prevenindo a formação e favorecendo a dissolução dos cálculos de colesterol.
URSACOL inibe a síntese hepática do colesterol, estimula a síntese de ácidos biliares, restabelecendo, desta forma, o equilíbrio entre estes, através da passagem do colesterol do estado cristalino sólido ao de cristais componentes da bile, condição necessária para manter o colesterol em solução.
A dissolução dos cálculos já formados processa-se através da passagem do colesterol do estado cristalino sólido ao de cristais líquidos.
O ácido ursodesoxicólico é utilizado em clínica para o tratamento de doenças das vias biliares, sendo indicado para aumentar a capacidade da bile em solubilizar o colesterol, transformando a bile litogênica em não-litogênica, provocando a dissolução gradativa dos cálculos.
Este efeito é explicado através de duas ações:
1. Diminuição da síntese hepática do colesterol pela inibição da beta-HMG-CoA redutase.
2. Aumento dos ácidos biliares (o colesterol insolúvel torna-se mais solúvel pelo sistema de micelas).
A pesquisa do efeito do UDCA sobre a colestase nos pacientes que apresentam distúrbios da secreção biliar e sobre os sintomas clínicos nos pacientes portadores de cirrose biliar primária demonstrou que os sintomas colestáticos sangüíneos (medidos pelo aumento dos valores da fosfatase alcalina, gamaglutamiltransferase e bilirrubinas) e os sintomas de prurido diminuem rapidamente, sendo constatada diminuição da fadiga na maioria dos pacientes.
O mecanismo de ação de URSACOL na cirrose biliar primária ainda não é totalmente conhecido.
Parece estar baseado na mudança da composição do pool ácido cólico dos hidrófobos tóxicos a um pool com mais ácido ursodesoxicólico hidrófilo.
Desta forma, os principais efeitos aparentes são:
1. efeito estabilizante da membrana hepatocitária;
2. melhora da secreção biliar;
3. efeito modulador sobre a reação inflamatória.
Para o tratamento de cirrose biliar primária com URSACOL devem ser considerados os pacientes que apresentam sintomas e anomalias bioquímicas.
Um dos fatores de diagnóstico importante é a dosagem sérica dos anticorpos antimitocondriais.
Deve ser realizada biópsia do fígado para determinar com precisão o estágio da doença.
O tratamento da cirrose biliar primária deve ser avaliado periodicamente de acordo com os parâmetros biológicos e clínicos.
URSACOL apresenta boa absorção gastrintestinal, com biodisponibilidade de 80% a 90%, sendo conjugado no fígado (com glicina e taurina) e excretado na bile.
Sob influência das bactérias intestinais, pode sofrer uma 7-desidroxilação (transformando-se em ácido litocólico diretamente nas fezes). Os constituintes da bile são reabsorvidos, em grande parte, no intestino delgado e sulfatados no fígado.
O ácido ursodesoxicólico, conjugado com taurina ou glicina, é sulfatado, tornando-se solúvel em água e é eliminado nas fezes.
Após os pacientes terem iniciado o tratamento, deve ser considerado o período de 3 a 4 semanas antes que a bile deixe de estar saturada de colesterol.
Após a descontinuação do tratamento, a bile retorna às suas propriedades características em aproximadamente três semanas.