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Doença incapacitante, que causa o aumento gradual de tremores, principalmente nas mãos; lentidão de movimentos; dificuldade de caminhar; perda de equilíbrio e rigidez muscular; o Mal de Parkinson é incurável. Mas os cientistas têm avançado na pesquisa de tratamentos com novos medicamentos e cirurgias. O tema foi discutido no XXIV Congresso Brasileiro de Neurologia, no Riocentro.
Estima-se que pelo menos 1% da população mundial sofra de Parkinson, sendo 200 mil pessoas no Brasil. A doença começa com a morte de neurônios que secretam a dopamina, um importante neurotransmissor ou mensageiro químico. Hoje se sabe que há um componente genético para o mal e isto fica evidente com a descoberta de novas mutações, diz o cientista Peter Jenner, professor de farmacologia do King´s College de Londres e diretor do Centro de Pesquisas em Doenças Neurodegenerativas e do National Parkinson Foundation Centre of Excellence.
- A causa exata é indefinida, porém é provável que existam múltiplos fatores envolvidos, genéticos e ambientais. O diagnóstico é feito a partir da observação clínica, embora técnicas de mapeamento cerebral possam ser usadas, tais como o Datscan e o Petscan - explica Jenner.
Por enquanto, diz o pesquisador, é impossível prevenir ou evitar a progressão do Parkinson. Acredita-se que fármacos chamados inibidores de oxidase de monoamina, selegilina e rasagilina possam atuar contra o avanço da doença, mas são necessários estudos mais aprofundados.
IMPLANTE CEREBRAL ALIVIA SINTOMAS
Segundo Jenner, a melhor maneira de tratar é controlando bem os sintomas e isso inclui a reposição com a droga levodopa, que se transforma em dopamina no cérebro, suprindo a falta desse neurotransmissor. Porém, como qualquer droga, quando tomada por muitos anos, ela produz efeitos colaterais ruins, como a piora de movimentos involuntários anormais.
Fora a levodopa, há um grupo de drogas que alivia os sintomas.
Além dos fármacos, da fisioterapia, da fonoaudiologia e da terapia ocupacional, os médicos podem optar pela estimulação cerebral profunda, quando o paciente não responde aos fármacos dopaminérgicos e os tremores causam grande transtorno. O cirurgião faz um implante no cérebro (no globo pálido interno e no núcleo subtalâmico) semelhante a um marcapasso cardíaco para bloquear a sinalização cerebral responsável pelos tremores. Ela não cura, mas pode ser uma alternativa, ressalta Jenner:
- Acredito que drogas para atrasar ou interromper a progressão da doença sejam descobertas num futuro próximo. A terapia com células-tronco está em fase muito inicial e temos pelo menos dez anos de investigação básica antes de obter a fonte de células produtoras de dopamina, controlar seu crescimento e reprogramar o cérebro doente.
O também pesquisador Andrew Lees, diretor do Reta Lila Weston Institute of Neurological Studies da University College London e do Queen Square Brain Bank for Neurological Disorders, diz que inexistem exames laboratoriais de diagnóstico para confirmar o Parkinson, embora análises de imagens possam detectar a deficiência de dopamina. A ressonância serve para excluir causas secundárias.
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